Letra de Gita

í€s vezes vocíª me pergunta
por que é que eu sou tí£o calado,
ní£o falo de amor quase nada,
nem fico sorrindo ao seu lado.
vocíª pensa em min toda hora,
me come, me cospe, me deixa,
talvez vocíª ní£o entenda
mas hoje eu vou lhe mostrar.
Que eu sou a a luz das estrelas,
eu sou a cor do luar,
eu sou as coisas da vida,
eu sou o medo de amar.
Eu sou o medo do fraco,
a forí§a da imaginaí§í£o,
o blefe do jogador,
eu sou, eu fui, eu vou.
Gití¢, gita gita gita!
Eu sou o seu sacrifí­cio,
a placa de contra-mí£o,
o sangue no olhar do vampiro
e as juras de maldií§í£o.
Eu sou a vela que acende,
eu sou a luz que se apaga,
eu sou a beira do abismo,
eu sou o tudo e o nada.
Por que vocíª me pergunta?
perguntas ní£o ví£o lhe mostrar,
que eu sou feito da terra,
do fogo, da água e do ar.
Vocíª me tem todo o dia
mas ní£o sabe se é bom ou ruim,
mas saiba que eu estou em vocíª
mas vocíª ní£o está em mim.
Das telhas eu sou o telhado,
a pesca do pescador,
a letra "a" tem meu nome,
dos sonhos eu sou o amor.
eu sou a dona de casa,
nos "peg-pagues" do mundo,
eu sou a mí£o do carrasco,
sou raso, largo, profundo.
Eu sou a mosca da sopa
e o dente do tubarí£o,
eu sou os olhos do cego,
e a cegueira da visí£o.
é, mas eu sou o amargo da lí­ngua,
a mí£e, o pai e o aví´,
o filho que ainda ní£o veio,
o iní­cio, o fim e o meio.